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Os instantes de plenitude. Por Alaíde Monteiro.


Eis o quarto e o último ponto do capítulo IV, que trata sobre o tempo do trabalho. Chegando, portanto, ao fim desta série.


Sertillanges inicia este tópico afirmando que a nossa vida intelectual possui picos de sabedoria, e estes são chamados de instantes de plenitude.


Devido ao nome podemos perceber que se trata de algo breve e momentâneo. Tem a ver com o curto período de tempo, denominado, portanto, de instantes de plenitude.


Todavia, afim de alcançar estes instantes o intelectual necessita de regularidade em seus horários e presteza no ato de levantar, assim como uma alimentação leve e a fuga de conversas vazias e de visitas inúteis.


Durante tais horas de estudo se faz necessário que a mente não sofra distrações. Por isso, deve-se deixar os itens que serão utilizados ao redor do espaço escolhido.


Vale a pena lembrar, como diz Sertillanges, que não são as muitas horas de estudos que faz de nós excelentes pensadores e propícios aos instantes de plenitude:


“Não imitem aqueles que permanecem por longo tempo à escrivaninha com uma concentração relapsa. Mas vale restringir o tempo e intensificar seu emprego, ampliar seu valor, que é o que de fato conta”.


Em suma, se de fato desejamos fazer alguma coisa, devemos fazer de forma fervorosa, com todo o nosso ser. Pois se fazemos o trabalho pela metade, ele torna o descanso também pela metade. Fazendo com que nem o descanso e nem o trabalho sejam adquiridos de forma completa.


E, lembre-se: “Quem conhece o valor do tempo sempre dispõe do suficiente; não podendo alongá-lo, ele o alça, e antes de tudo não o encurta” — Por @alaidemonteiro

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